Harab's Esfirraria

Harab’s – A cadeia de deliciosas esfirras que está a invadir Portugal

O prato tradicional da Síria é semelhante a uma pizza. Tem vários recheios por onde escolher, desde propostas salgadas a doces.

Em Portugal não faltam pizzarias e hamburguerias, mas estas especialidades de outras paragens não são as únicas que os portugueses apreciam. A cozinha indiana já faz sucesso entre nós e, nos últimos anos, a gastronomia do Médio Oriente tem vindo a ganhar terreno entre as preferências nacionais. Prova desta maior procura são os espaços dedicados a culinárias desta região do mundo que se têm multiplicado pelo País — de que as esfirrarias são um exemplo.

Segundo os registos históricos, esta iguaria do Médio Oriente chegou a Itália através do porto de Nápoles. Os locais não tardaram a adaptar a receita: trocaram a carne pelo queijo e, mais tarde, adicionaram-lhe tomate. Assim se tornava popular a esfirra, que entretanto ganhou outro nome que todos conhecemos, a pizza: uma base redonda, feita com massa de pão assada no forno que posteriormente pode ser coberta com todos os ingredientes possíveis.

A principal cadeia que comercializa estes produtos em Portugal é a Harab’s. Foi criada por Adriano Santos, de 36 anos. É natural de São Paulo e mudou-se para o nosso País em 2016, à procura de uma maior estabilidade profissional. Quando chegou, trabalhou num restaurante da Block House, nas Amoreiras. Devido à pandemia e aos lay offs, decidiu arriscar e abandonar aquele emprego, apostando numa marca própria.

A primeira loja da cadeia foi inaugurada em outubro de 2020, em Benfica. Seguiram-se vários outros espaços pelo País. O mais recente abriu a 27 de setembro, em Odivelas. Fica no número 13B da Rua Pedro Álvares Cabral, e, tal como todas as outras, tem uma estética “clean e agradável”, com paredes em tons claros, como o branco e o amarelo, “para dar um aconchego aos clientes”.

Adriano descreve as esfirras da Harab’s como tendo uma “massa um pouco mais adocicada e bem fofinha. Também não é tão pesada quanto a da pizza. Leva um recheio no meio e a borda é muito fofinha”. E opções não faltam. Na verdade, tem cerca de 80. Algumas são mais simples e outras mais elaboradas. Pode experimentar a que leva atum e cebola ou a de chouriço picado. Estas, juntamente com a de brócolos, são as mais baratas e custam apenas 0,99€. Caso pretenda alternativas mais elaboradas, pode escolher entre a esfirra de carne, queijo e bacon, pepperoni ou quatro queijos.

“É um petisco barato e rápido de confecionar. É ideal para estar a picar enquanto conversamos e bebemos uns copos”, realça. Todas as propostas são produzidas artesanalmente nos restaurantes Harab’s e os produtos são 100 por cento portugueses. As esfirras mais pedidas têm sabores bastante brasileiros. Destaca a de frango com um queijo creme bastante semelhante ao queijo Catupiry, muito famoso naquele país.

A marca não se esqueceu dos mais gulosos e acrescentou ao menu opções de coberturas doces. O menu inclui combinações como banana e mozzarella, doce de leite com coco e também mozzarella com goiabada. Também pode contar com opções mais tradicionais como chocolate branco e M&M’s, Nutella e morango ou chocolate branco.

Cerca de 20 por cento dos clientes da Harab’s são portugueses. Os restantes são maioritariamente brasileiros. E há uma razão para isso. “Temos muita ligação às esfirras. São sabores que nos trazem muitas lembranças porque é muito comum comermos isto no Brasil“, explica. É uma especialidade muito presente na cultura gastronómica brasileira graças aos emigrantes sírios e libaneses e aos seus descendentes. Levaram a receita para o novo país e rapidamente foi adotada pelos locais e passou a a fazer parte da culinária partilhada por todos os brasileiros.

Agora, o objetivo da Harab’s é tornar as esfirras igualmente populares entre os portugueses. E está já a preparar as próximas novidades. Esta sexta-feira, 30 de setembro, vai inaugurar mais uma esfirraria em Espinho. Na próxima semana estreia-se em Alverca e, brevemente, chega a Coimbra. “Este ano já abrimos dez lojas”, revela. O plano, claro, é continuar. “Queremos chegar ainda mais ao público português”, revela Adriano.

Artigo publicado em www.nit.pt.

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